A bebê Eloá Vitória da Silva Vicente, que nasceu com uma doença rara no coração, conseguiu uma vaga e será transferida de UTI aérea para o Hospital do Coração de São Paulo (Hcor). A informação foi divulgada, por nota, pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), nesta quarta (11). "A gente está muito feliz. Foi um trabalho árduo", afirmou a advogada Flávia Marinho, que representa a família da menina.

A resposta do governo veio após familiares realizarem dois protestos cobrando o cumprimento de uma decisão judicial que determinou a transferência da menina, que tem um mês e meio de vida, para São Paulo, para passar por cirurgias. Os atos ocorreram nesta quarta e no dia 4 de janeiro.

Nesta quarta, a família protestou no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (Procape), no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife, onde a bebê está internada. No dia 4 de janeiro foi realizado um ato em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, também na área central da cidade. Na oportunidade, foi reiterada, pela representante da equipe médica do Procape, a gravidade do caso e os riscos decorrentes da intervenção cirúrgica necessária.

No início da tarde, representantes da Secretaria Estadual de Saúde e do Procape se reuniram com familiares de Eloá, na sede da secretaria. Segundo o governo, a ideia foi esclarecer os "trâmites legais e assistenciais da transferência" para o Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo. Durante a reunião, o governo disse que informou o que será preciso fazer para a família realizar a mudança.

Eloá nasceu em novembro de 2022 em um hospital localizado em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco; Quando tinha seis dias de nascida, Eloá foi diagnosticada com síndrome da hipoplasia do coração esquerdo, uma má formação, que afeta o funcionamento do coração. Os médicos notaram que ela tinha dificuldades na respiração.

Por causa do prolema, Eloá foi transferida para o Procape, que é ligado à Universidade de Pernambuco (UPE). Atualmente, a bebê está respirando com a ajuda de um aparelho. A família dela conseguiu, na Justiça, uma decisão que determina a transferência de Eloá para São Paulo, custeada pelo governo de Pernambuco. Segundo a mãe de Eloá, a dona de casa Etiene Paula da Fonseca, a bebê precisa de, ao menos, três cirurgias em São Paulo.