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O procurador de Minas Gerais Leonardo Azeredo, que chamou de “miserê” um salário de R$ 24 mil, recebeu, em média, R$ 60 mil líquidos por mês em 2019, segundo Portal da Transparência do Ministério Público. O valor soma salário, indenizações e outras remunerações. O áudio com a indignação do procurador se tornou público na segunda-feira (9).
Levantamento feito no Portal da Transparência mostra que Leonardo Azeredo recebe remuneração bruta de R$ 35.462,22. Com descontos, o valor vai para cerca de R$ 24 mil líquidos. Mas, nos sete primeiros meses deste ano, indenizações e outras remunerações “engordaram” o contracheque do procurador.
Junho foi o mês em que o procurador recebeu maior vencimento, de R$ 50.104,64 líquidos. Somaram-se a este valor R$ 28.513 de indenizações e outras remunerações. O valor final recebido foi de R$ 78.617,66.
Já janeiro, foi o mês em que as indenizações e outras remunerações foram mais expressivas. Leonardo Azeredo recebeu R$ 64.011,8 de “extras”. Somando-se estes valores ao salário, o total recebido foi de R$ 87.815,30.
Considerando o valor bruto, o total em janeiro e em junho chegou a quase R$ 100 mil.
Valores recebidos pelo procurador
Mês | Valor líquido | Indenizações | Outras remunerações | Total líquido recebido | Total bruto recebido |
Janeiro | R$ 23.803,50 | R$ 42.256,59 | R$ 21.755,21 | R$ 87.815,30 | R$ 99.474,02 |
Fevereiro | R$ 23.803,50 | R$ 22.440,85 | R$ 20.048,65 | R$ 66.293 | R$ 77.951,72 |
Março | R$ 23.803,50 | R$ 8.707,24 | R$ 19.550,13 | R$ 52.060,87 | R$ 63.719,59 |
Abril | R$ 23.803,50 | R$ 20.588,92 | R$ 19.506,14 | R$ 63.898,56 | R$ 75.557,28 |
Maio | R$ 23.803,50 | R$ 20.804,92 | R$ 19.480,59 | R$ 64.089,01 | R$ 75.747,73 |
Junho | R$ 50.104,64 | R$ 8.984,18 | R$ 19.528,84 | R$ 78.617,66 | R$ 93.527,09 |
Julho | R$ 23.803,50 | R$ 9008,30 | R$ 32.341,19 | R$ 65.152,99 | R$ 76.811,71 |
O Ministério Público não considera estas verbas extras para efeito de vencimento dos membros, que são os promotores e procuradores de justiça. Segundo o MP, estes valores referem-se a pagamentos de verbas atrasadas, assistência saúde mediante comprovação de valores gastos (limitada a 10% do valor do subsídio), auxílio-alimentação e indenização de férias acumuladas e não usufruídas em razão da necessidade de serviço, tendo em vista o déficit de promotores de Justiça no estado.
Estas verbas indenizatórias e outros “penduricalhos” que aumentam os salários de juízes, desembargadores, promotores e procuradores são praxe no Tribunal de Justiça de Minas Gerais e no Ministério Público de Minas Gerais.
Junho foi o mês em que o procurador recebeu maior vencimento, de R$ 50.104,64 líquidos. Somaram-se a este valor R$ 28.513 de indenizações e outras remunerações. O valor final recebido foi de R$ 78.617,66.
Já janeiro, foi o mês em que as indenizações e outras remunerações foram mais expressivas. Leonardo Azeredo recebeu R$ 64.011,8 de “extras”. Somando-se estes valores ao salário, o total recebido foi de R$ 87.815,30.
Considerando o valor bruto, o total em janeiro e em junho chegou a quase R$ 100 mil.
Valores recebidos pelo procurador
Mês | Valor líquido | Indenizações | Outras remunerações | Total líquido recebido | Total bruto recebido |
Janeiro | R$ 23.803,50 | R$ 42.256,59 | R$ 21.755,21 | R$ 87.815,30 | R$ 99.474,02 |
Fevereiro | R$ 23.803,50 | R$ 22.440,85 | R$ 20.048,65 | R$ 66.293 | R$ 77.951,72 |
Março | R$ 23.803,50 | R$ 8.707,24 | R$ 19.550,13 | R$ 52.060,87 | R$ 63.719,59 |
Abril | R$ 23.803,50 | R$ 20.588,92 | R$ 19.506,14 | R$ 63.898,56 | R$ 75.557,28 |
Maio | R$ 23.803,50 | R$ 20.804,92 | R$ 19.480,59 | R$ 64.089,01 | R$ 75.747,73 |
Junho | R$ 50.104,64 | R$ 8.984,18 | R$ 19.528,84 | R$ 78.617,66 | R$ 93.527,09 |
Julho | R$ 23.803,50 | R$ 9008,30 | R$ 32.341,19 | R$ 65.152,99 | R$ 76.811,71 |
O Ministério Público não considera estas verbas extras para efeito de vencimento dos membros, que são os promotores e procuradores de justiça. Segundo o MP, estes valores referem-se a pagamentos de verbas atrasadas, assistência saúde mediante comprovação de valores gastos (limitada a 10% do valor do subsídio), auxílio-alimentação e indenização de férias acumuladas e não usufruídas em razão da necessidade de serviço, tendo em vista o déficit de promotores de Justiça no estado.
Estas verbas indenizatórias e outros “penduricalhos” que aumentam os salários de juízes, desembargadores, promotores e procuradores são praxe no Tribunal de Justiça de Minas Gerais e no Ministério Público de Minas Gerais.
Já entre os aposentados, quase 300 servidores tiveram ganhos a partir de R$ 38 mil, somando todos os benefícios.
De acordo com a Constituição Federal, membros do Judiciário e do MP devem receber, no máximo, 90,2% do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, a lei permite que o valor seja extrapolado no caso de inclusão de verbas indenizatórias.
A gravação com o “desabafo” do procurador foi feita durante uma reunião realizada no início do mês de agosto para discussão da proposta orçamentária do Ministério Público de Minas Gerais para 2020. “Como é que o cara vai viver com R$ 24 mil? O que de fato nós vamos fazer para melhorar a nossa remuneração? Ou nós vamos ficar quietos?”, questionava o procurador.
As afirmações de Leonardo Azeredo foram feitas após o procurador-geral de Justiça em Minas, Antônio Sérgio Tonet, informar que, caso o estado assine o acordo de recuperação fiscal com o governo federal, não será concedido qualquer reajuste salarial, mesmo que haja aumento dos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o procurador, ele já estaria baixando o padrão de vida por causa do salário. “Estou deixando de gastar R$ 20 mil de cartão de crédito e estou gastando R$ 8 mil. Pra poder viver com os R$ 24 mil. Eu e vários outros já estamos vivendo à base de comprimido, à base de antidepressivo. Estou falando assim com dois comprimidos de sertralina por dia, e ainda estou falando deste jeito. Se não tomasse, ia ser pior do que Ronaldinho”, afirmou na gravação.
Fonte: G1