O evento do 1º de maio em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu votos a Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, foi financiado em parte com recursos captados pela Lei Rouanet, de acordo com informações do Sistema de Acesso às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), vinculado ao Ministério da Cultura. O encontro ainda foi patrocinado pela Petrobras, que destinou R$ 3 milhões às atividades.
O compromisso desta quarta-feira reuniu representantes de centrais sindicais, petistas e aliados na Neo Química Arena, em São Paulo, integrando uma série de shows realizados pelo país para marcar as comemorações do dia do trabalho.
O Festival Cultura e Direitos, como ficou conhecido, teve a atividade musical coordenada pela produtora Veredas Gestão Cultural, que tentou captar cerca de R$ 6,3 milhões via Lei Rouanet para a realização do evento em São Paulo, que contou com a participação de Lula, e em outras 19 cidades paulistas.
No entanto, apenas conseguiram o apoio de um "incentivador", uma faculdade particular de medicina do Rio de Janeiro, que contribuiu com R$ 250 mil para a realização do evento. Conforme consta no Salic, o objetivo da captação era "realizar um grande show de samba na cidade de São Paulo" e espetáculos regionais em outras 19 cidades. Na proposta, eles ainda pediam recursos para exposição de produtos da economia criativa e apresentações de artes cênicas.
Materiais de convite também mostravam a Petrobras como principal patrocinadora do evento, iniciado no dia 1º de maio e com duração até o final do mês. A estatal destinou R$ 3 milhões para a atividade através do edital divulgado pelo Programa Petrobras Cultural para captação de recursos no eixo de Festivais e Festas Populares, e informou que "todas as etapas exigidas para aprovação do projeto foram respeitadas". De acordo com a petroleira, o fomento busca "reforçar sua imagem como apoiadora da cultura brasileira".