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Desmonte e falta de interlocução: exonerações na Secretaria da Mulher geram críticas de movimentos sociais e parlamentares

Publicada em 07/08/23 às 16:12h - 56 visualizações

por G1


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 (Foto: Reprodução)

As exonerações de 14 servidoras da Secretaria da Mulher esta semana geraram reações tanto do movimento organizado de mulheres em Pernambuco, quanto do Poder Legislativo estadual - com pedidos de explicação ao governo do estado sobre o futuro da pasta e também das políticas direcionadas às mulheres no governo de Raquel Lyra (PSDB).

A equipe foi dispensada no segundo dia do mês em que se celebra a conscientização no combate à violência contra a mulher, o “Agosto Lilás”. Quatro dias antes (sexta-feira, 28), a ex-secretária da pasta, Regina Célia Barbosa, também foi exonerada. O único cargo que teve nomeação para substituição do quadro até a sexta-feira (4) foi o de assessora de comunicação da secretaria.

Confira os cargos exonerados na secretaria até o momento:

Diretora de políticas para as mulheres metropolitanas;

Diretora de enfrentamento da violência de gênero;

Ouvidora da mulher;

Gerente de fortalecimento sociopolítico das mulheres;

Gestora de articulação e gestão ao gabinete da secretária;

Gestora do serviço de proteção;

Gestora de justiça e segurança;

Assessora especial;

Assessora técnica de comunicação social e imprensa;

Assessora de gerência;

Assessora de diretoria (2 servidoras);

Assistente de gerência;

Apoio de gerência.

A deputada estadual Gleide Ângelo (PSB), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Alepe, enviou um pronunciamento à imprensa em que questionou a motivação do que alegou ser um “desmonte” da Secretaria da Mulher.

“O que é que está acontecendo? Ninguém sabe o motivo pelo qual a secretária foi exonerada. Ninguém sabe os motivos pelos quais todas as equipes de gerência [foram desmontadas] em pleno Agosto Lilás, que é o mês em que você deve fazer campanhas de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher”, indagou Gleide Angelo.

Na visão da parlamentar, além de ser um período estratégico para a promoção de políticas públicas de segurança para mulheres, Pernambuco enfrenta uma alta nos casos de violência. “A gente está vendo números absurdos de violência, aumentou 25% o número de boletins de ocorrência, nesse primeiro semestre, com relação ao ano passado”.

Um decreto estadual publicado no dia 3 de janeiro, apenas dois dias depois da posse oficial da governadora Raquel Lyra (PSDB), exonerou os servidores estaduais que ocupavam cargos comissionados e dispensou os que exerciam funções gratificadas, como diretores, assessores e supervisores da gestão anterior.

Movimento de mulheres diz que falta projeto

Para o movimento feminista, as exonerações na Secretaria da Mulher mostram uma "falta de projeto" e um indicativo de que as políticas públicas não serão executadas.

"Quando uma pessoa é admitida, ela não vai chegar de imediato e fazer um super trabalho, porque ainda vai entender o processo, se adaptar. A governadora colocou na pasta uma administradora de empresas sem interlocução com o movimento de mulheres e com as pautas que vêm sendo discutidas", disse a cientista política e integrante do Fórum de Mulheres de Pernambuco, Natália Cordeiro, que se disse preocupada com as políticas públicas para as mulheres no estado.

A cientista política lembrou que os coletivos feministas elaboraram uma pauta que foi apresentada à governadora no dia 8 de março - Dia Internacional da Mulher, quando a governadora foi para a frente do Palácio do Campo das Princesas e dialogou com as mulheres que realizavam a Marcha das Mulheres.




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