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Mesmo com decisão de funcionamento em horários de pico, metrô não abre nesta terça-feira (15)

Publicada em 15/08/23 às 12:15h - 40 visualizações

por FolhaPE


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 (Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco)

A greve dos metroviários da Região Metropolitana do Recife é mantida em sua totalidade, na manhã desta terça-feira (15). A esperança era de que houvesse o funcionamento de 100% da frota em horários de pico (5h30 às 8h30 e (17h às 20h), conforme decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), proferida na segunda (14). O descumprimento dessa ordem resulta em multa de R$ 60 mil ao dia.

Quem foi à Estação Joana Bezerra, no Centro do Recife, se frustrou e encontrou as portas fechadas, como a estudante de odontologia Branda Camila, de 22 anos. Ela saiu de Olinda, na RMR, com destino a Boa Viagem, Zona Sul da capital. Brenda pegou dois ônibus para chegar ao terminal, mas o esforço foi em vão.

“Eu vou para a faculdade. Pelas informações, eu esperava que fosse encontrar [funcionando]. A gente tem que dar um jeito. Eu vou ter que gastar com aplicativo, porque o metrô era o meu único método de acesso à faculdade. Não tenho outra rota, por enquanto”, explicou.

Quanto ao preço do aplicativo de transportes, a estudante disse à reportagem que não estava dinâmico. Ela fez críticas à estrutura do Metrorec.

“A gente entra no metrô, hoje em dia, e percebe que o ar condicionado, que deveria estar funcionando está quebrado. As janelas são todas fechadas. Falta refrigeração. Eu sei que quem trabalha precisa desse conforto. Não julgo o motivo da greve, mas quem sofre somos nós. Eu acho justo por uma parte, mas, se for para resolver, que se resolva pensando na população, porque o ajuste vem para o nosso bolso e não o deles”, complementou.

O que diz o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco?

A reportagem entrou em contato com o Sindmetro-PE, que disse, em nota, ter tomado conhecimento da liminar do TRT-6 por volta das 22h de ontem, mas parte dos profissionais já estava em viagem rumo a Brasília.

Ainda de acordo com o comunicado, o jurídico do sindicato será acionado com o intuito de suspender a liminar, alegando que não tem condições de operar com parte dos trabalhadores fora do Estado.

Os representantes da categoria afirmaram também que buscam conversar com o presidente Lula sobre as reivindicações e que farão um ato, às 10h dessa quinta-feira (17), em frente ao Palácio da Alvorada, na Capital Federal, pedindo o cumprimento de um acordo coletivo e a retirada da CBTU e da TRENSURB do Plano Nacional de Desestatização (PND) para recuperar o Metrorec.

O que diz a CBTU?

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) também foi procurada e disse, através de nota, que ingressou com uma ação cautelar junto ao TRT-6, na manhã de ontem e que à noite foi proferida a liminar, determinando 100% do funcionamento da operação em horários de pico. A companhia reforça ainda que sempre esteve e continua aberta para o diálogo com os sindicatos.

Passageiros

Rosângela Lima, 59, estava aguardando um ônibus das linhas especiais para ir ao Centro do Recife, no TI Barro, Zona Oeste, para resolver questões pessoais. Ela também foi frustrada com o fechamento do metrô, mas acha a luta dos metroviários válida, contudo, questiona os transtornos causados aos usuários do modal.

“Deveriam cumprir, ao menos, esse horário de pico. Mas a luta é válida, porque é o único meio que eles têm de conseguir alguma coisa. Infelizmente, quem sofre é a população, mas se não for desse jeito, não alcançam meta nenhuma”, desabafa.

Rosângela questiona o tempo de espera pelo ônibus. Esta se torna a única alternativa para a passageira.

 “É terrível. Fazer o quê? Eu já venho da Estação Jaboatão, que está uma calamidade. Eu estou sem dinheiro para aplicativo, como a maioria. Fica inviável outra maneira”, concluiu.

Um funcionário que trabalha em uma estação integrada conversou com exclusividade com a Folha de Pernambuco e fez desabafos quanto aos transtornos causados pela greve do metrô.

“As coisas aqui ficam mais difíceis sem o metrô. A gente demandou duas linhas ao Grande Recife para atender às integrações de Jaboatão, Barro e Joana Bezerra. Quem define os horários é a empresa, porque essas linhas especiais são ônibus já retirados da frota habitual”, disse.

Sem metrô, segundo o trabalhador, cerca de 50 mil pessoas usam o terminal e muitos passageiros reclamam da demora e dos problemas recorrentes do transporte público.

“É difícil suprir a demanda do metrô. Um ônibus não comporta a mesma quantidade de um trem. São cerca de cinco ônibus para cada linha, em horários de pico, e três, em outros períodos. Para quem está na fila esperando, 20 ou 30 minutos se tornam uma eternidade”, concluiu.

 




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