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Único estado com alta em mortes confirmadas, PRegistra maior número de doentes em UTIs desde início da pandemia

Publicada em 04/05/21 às 09:30h - 128 visualizações

por Rádio Maranata FM


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 (Foto: Rádio Maranata FM)

A rede pública de saúde de Pernambuco registrou, no sábado (1º) e domingo (2), o maior número de doentes em leitos de UTI para Covid-19, desde o início da pandemia, em março de 2020. No fim de semana, o estado era o único no país a ter tendência de alta na média móvel de confirmações de mortes, apesar de não ser a unidade da federação com o maior número de óbitos no Brasil.


Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) e da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag-PE).

O estado chegou a essa tendência de alta nos óbitos ao atingir 80 mortes confirmadas por dia. Esse dado consta na média móvel usada para analisar os dados da Covid-19 em intervalos de duas semanas.

Isso diz respeito a mortes por Covid-19 que podem ter acontecido antes, mas foram confirmadas em abril.

Já o alto índice de internação em leitos de UTI na rede pública foi motivado pelo número de pessoas que desenvolveram Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

No sábado (1º), houve um recorde de internados em UTIs de toda a pandemia, com 1.596 doentes nesses leitos.


A enfermeira Thaíse Melo afirmou que os profissionais de saúde estão exaustos e que estão tratando pacientes jovens, que não tinham comorbidades e estão fora do perfil que era considerado de risco.


Em abril deste ano, 1.241 morreram de Covid-19 em Pernambuco. No mesmo mês do ano passado, faleceram 1.101 pessoas. Isso significa 13% a menos que no mês que acaba de terminar.

O índice chama a atenção das autoridades de saúde, já que, no ano passado, ainda não era obrigatório o uso de máscaras, como agora.

Além disso, os profissionais de saúde não conheciam os recursos para tratar os pacientes de Covid-19 disponíveis hoje e também não havia vacina.


Para o epidemiologista Rafael Moreira, do Instituto Aggeu Magalhães da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-PE), a facilidade de contaminação das variantes, o 'rejuvenescimento' da pandemia e a falta de vacinação em massa estão entre as causas desse cenário.

“Nesse sentido, temos o aumento da taxa de UTI com índices alarmantes, de 90%, chegando perto do colapso do sistema. Tudo isso associado à falta de vacinação em massa, formando um quadro ainda mais tenebroso em relação a pandemia”, afirmou.

O prognóstico para maio, de acordo com o epidemiologista, não é bom. “Se não houver novamente medida de redução da circulação de pessoas nas ruas, testagem e na vacinação em massa, a gente vai continuar observando uma alta taxa de ocupação de UTI e um maior número de pessoas infectadas e consequentemente de óbitos”, destacou.


O médico infectologista Bruno Ishigami alertou para os altos índices de mortes. “Quando a gente olha para curvas de casos, a gente está no maior patamar de casos novos por dia desde o início da pandemia aqui no estado. E gente já está batendo recordes de internamentos nas UTIs, o que repercute consequentemente em óbitos”, disse.

De acordo com Ishigami, o encontro de pessoas em datas comemorativas, como o Dia das Mães, no próximo fim de semana, preocupa.

“A gente viu esse movimento se repetir em outros feriados e em outras datas comemorativas em que as famílias se aglomeram, mesmo que seja um núcleo familiar pequeno. Mas você coloca em risco muita gente. Tem que lembrar que essas pessoas vão se relacionar com outras pessoas nos próximos dias”, observou.




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