A maior tragédia da aviação brasileira desde 2007, que deixou 62 mortos em Vinhedo (SP), no interior de São Paulo, e assustou o País, está mais perto de ter respostas sobre o que aconteceu.
O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro do ar Marcelo Moreno, afirmou neste domingo, 11, que as caixas-pretas, principal elemento nessas investigações, tiveram 100% dos dados resgatados e preservados, apesar da queda, da explosão e do fogo Ainda ontem, os destroços do ATR da Voepass começaram a ser retirados do Condomínio Recanto Florido.
"Conseguimos nesta manhã 100% de sucesso em obter as informações de voz e informações de dados que correspondem aos momentos que antecederam esse trágico evento", afirmou o brigadeiro na frente do local da queda da aeronave.
Segundo o brigadeiro, essa é uma primeira fase da perícia nas caixas-pretas, mas os trabalhos vão continuar em laboratórios de análise e extração de dados de voos do Cenipa, em Brasília.
"Os dados foram obtidos, validados e agora aguardamos a continuação da investigação dos nossos técnicos que vão trabalhar na transformação desse número enorme de dados em informação para a sociedade", disse.
A expectativa é de que isso resulte em informações preliminares sobre o que ocorreu, em um prazo de 30 dias.
Outra informação confirmada pelo órgão, ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), é de que não houve, por parte da aeronave, comunicação com órgãos de controle de tráfego aéreo de que haveria alguma emergência durante o plano de voo.
Colaboração
"Seguindo protocolos internacionais dos quais o Brasil é signatário temos o dever de convidar o país responsável pelo projeto e fabricação da aeronave para a investigação, o que trouxe para cá também os técnicos da ATR, empresa fabricante, que estão interagindo com nossa investigação", afirmou.