Após relatório da Polícia Federal (PF) começar a dar respostas feitas pelo país há seis anos, sobre os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o filho de um dos suspeitos fez postagem em rede social em defesa do pai e do tio. Kaio Brazão, filho de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ) diz que “Justiça requer evidências, não especulações". E afirma que “a família segue firma na coerência e Justiça social".
Domingos Brazão foi preso preventivamente no último dia 24, assim como seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, suspeitos de serem os mandantes do crime. Durante a operação, também foi preso o delegado Rivaldo Barbosa, que chefiou a Polícia Civil do Rio e teria atuado para protegê-los.
Os três negam as acusações. Segundo investigadores, havia potencial risco de fuga e era necessário surpreender os envolvidos no caso.
Na sua postagem, Kaio destaca que “na busca pela veracidade dos fatos, é fundamental distinguir entre presunções e evidências concretas". Ele acrescenta que “a ausência de provas e a dependência exclusiva de uma delação de um criminoso confesso não são suficientes", e que “se faz necessária uma validação jurídica e coerência nos fatos".
A operação Murder Inc., que prendeu os suspeitos, aconteceu menos de uma semana após o Supremo Tribunal Federal (STF) homologar a delação premiada firmada por Ronnie Lessa, feita à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República. O ex-policial militar foi preso em março de 2019 pela participação nas mortes de Marielle e Anderson.