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Após ataques em escolas, cidades paulistas e o governo de SC põem agentes armados na rede de ensino

Publicada em 11/04/23 às 07:40h - 55 visualizações

por R7


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 (Foto: DENNY CESARE/CÓDIGO19/ESTADÃO)

O anúncio do governo de Santa Catarina de que as escolas estaduais terão policiais armados, feito na segunda-feira (10), foi apenas mais um no país nos últimos dias. O ataque a uma creche em Blumenau, na semana passada, que deixou quatro crianças mortas, e outros atentados recentes, como o do estudante que matou uma professora a facadas em São Paulo, motivam governos e prefeituras a anunciarem a presença de agentes de segurança nas unidades educacionais.

Apenas no estado de São Paulo, as cidades de São Bernardo do Campo, Cajamar, Itapecerica da Serra, Osasco e Valinhos anunciaram a presença dos guardas municipais nas escolas. Veja as medidas adotadas.

• Em Valinhos, a prefeita Capitã Lucimara Godoy (PSD) colocou guardas municipais para acompanhar a entrada e a saída dos alunos nas 48 escolas da rede municipal.

• Em São Bernardo do Campo, as 218 unidades escolares do município contam desde a segunda-feira (10) com um guarda civil municipal em seu período de funcionamento.

• Em Cajamar, a presença dos guardas também começou na segunda-feira, e a Prefeitura anuncia ainda que instalará detectores de metais nas escolas.

• Itapecerica da Serra também iniciou ações na última semana. Além da viatura de ronda escolar, todas as equipes e grupamentos priorizam o patrulhamento nas escolas municipais, estaduais e particulares. "O guarda deverá ainda adentrar à escola, se apresentar ao responsável e disponibilizar o telefone de emergência da GCM para caso de necessidade", segundo a prefeitura.

• Em Osasco, as polícias Civil e Militar e a Guarda Civil iniciam patrulhamentos com vistas à segurança nas escolas.

Entidades e especialistas ouvidos pelo R7 afirmam que o enfrentamento à violência nas escolas passa por estratégias que envolvem prioritariamente o investimento em ações estruturais que englobam a atuação de psicólogos e assistentes sociais.

Para Dennis Pacheco, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os ataques a escolas são muito violentos, normalmente planejados coletivamente, e buscam causar a maior repercussão possível. Acabam, assim, colocando os gestores em um paradoxo, e eles são demandados a tomar medidas de visibilidade. “Mas o que tem eficácia de fato sãs as de baixa visibilidade. As medidas de inteligência, monitoramento, investigação, especialmente de espaços virtuais”.

Ele avalia que é preciso sair dessa lógica da resposta fácil, simples, e partir para uma lógica de política pública e transversalidade. “É necessário integrar a escola com conselho tutelar, assistência psicológica, assistência social e a segurança pública”, afirma.

A opinião é semelhante à da mestranda em educação na Unicamp e especialista em justiça restaurativa Cleo Garcia. “Precisamos de uma escola que acolha e escute, não de seguranças armados”, afirma.

Entidades também corroboram a visão de que priorizar agentes de segurança dentro das escolas não é saída a ser adotada. Uma nota da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), publicada logo após o ataque à escola na zona oeste, se manifesta acerca do "abandono" enfrentado pelas escolas paulistas.

Entre as críticas ressaltadas pelo sindicato está a falta de policiamento no entorno das escolas. O órgão não pede, no entanto, reforço de segurança dentro das unidades de ensino.

Volta às aulas é marcada por choro, abraços e esperança em SP

Segundo o governo estadual, a escola contará com reforço da Ronda Escolar da Polícia Militar, além do apoio do Gabinete Integrado de Segurança e do Programa Escola Mais Segura. Depois do ataque, segundo a gestão do governador Tarcísio de Freitas, a escola foi revitalizada e recebeu investimento de R$ 200 mil em recursos para manutenção, pintura e pequenos reparos

Abraços, choro, tristeza e saudade. Emocionados, os alunos da Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, retornaram às aulas na manhã desta segunda-feira (10), duas semanas após um garoto de 13 anos ter esfaqueado e matado uma professora e deixado quatro feridos

Hoje, três turmas com cerca de 90 alunos e os responsáveis foram recebidos com o apoio de equipes multiprofissionais de saúde e participaram de um projeto de acolhimento. O plano é promover atividades pedagógicas por meio de oficinas de arte e grafitagem para a repaginação da escola com todos os estudantes

Rita de Cássia Reis, uma das professoras esfaqueadas pelo aluno, fez questão de comparecer ao retorno às aulas no colégio.'Estou com o coração acelerado e com a cabeça a mil. É uma situação inusitada porque nunca passei por isso e espero não passar nunca mais. Está sendo muito difícil, mas espero encontrar amigos e alunos que vão me acolher', disse a educadora, que levou mais de 30 pontos nos braços para fechar os ferimentos

A partir de terça-feira (11), as atividades escolares serão retomadas. Durante a semana, os alunos também participarão de rodas de conversa e oficinas de consciência corporal, entre outras tarefas. 'A ideia é que a gente consiga criar esse tipo de espaço para que o silêncio não ocorra. É dentro do silêncio que a gente pode acabar criando um contexto para que essas crianças e adolescentes se confundam dentro daquilo que estão sentindo', explica a doutora em psicologia clínica Joana Vartanian

Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, professora morta no dia do ataque, era aposentada e 'lecionava por amor aos alunos', de acordo com o sobrinho dela. De luto, alunos e professores retornaram ao local com esperança de que o novo projeto para a escola funcione e que casos como esse jamais aconteçam novamente

Segundo o governo estadual, a escola contará com reforço da Ronda Escolar da Polícia Militar, além do apoio do Gabinete Integrado de Segurança e do Programa Escola Mais Segura. Depois do ataque, segundo a gestão do governador Tarcísio de Freitas, a escola foi revitalizada e recebeu investimento de R$ 200 mil em recursos para manutenção, pintura e pequenos reparos

Abraços, choro, tristeza e saudade. Emocionados, os alunos da Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, retornaram às aulas na manhã desta segunda-feira (10), duas semanas após um garoto de 13 anos ter esfaqueado e matado uma professora e deixado quatro feridos

Abraços, choro, tristeza e saudade. Emocionados, os alunos da Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, retornaram às aulas na manhã desta segunda-feira (10), duas semanas após um garoto de 13 anos ter esfaqueado e matado uma professora e deixado quatro feridos

Hoje, três turmas com cerca de 90 alunos e os responsáveis foram recebidos com o apoio de equipes multiprofissionais de saúde e participaram de um projeto de acolhimento. O plano é promover atividades pedagógicas por meio de oficinas de arte e grafitagem para a repaginação da escola com todos os estudantes

Rita de Cássia Reis, uma das professoras esfaqueadas pelo aluno, fez questão de comparecer ao retorno às aulas no colégio.'Estou com o coração acelerado e com a cabeça a mil. É uma situação inusitada porque nunca passei por isso e espero não passar nunca mais. Está sendo muito difícil, mas espero encontrar amigos e alunos que vão me acolher', disse a educadora, que levou mais de 30 pontos nos braços para fechar os ferimentos.




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